Não existe a mãe ideal, mas sim a mãe possível e disponível
Os desafios de uma sociedade que passa por mudanças é uma das maiores  preocupações trazidas pelas mulheres ao buscarem a maternidade.  Inseguranças, desejos, expectativas sobre os filhos, futuro: uma  imensidão de pensamentos invade o imaginário das futuras mamães ou  daquelas que fazem esse plano. Mas, vamos pensar juntos: será que existe  um “modelo ideal de mãe”?
A missão de mãe da mulher inicia-se no momento da concepção, a partir disso, todos os ideais vão sendo construídos. Não existe a mãe ideal, mas sim a mãe possível e disponível; isso, sim, é importante! Muitas vezes, constrói-se o ideal da "mãe perfeita", da "mãe que não erra". 
Mas  o que seria positivo para a criação de um filho? Ter o equilíbrio para  cuidar dele, para protegê-lo, para educá-lo, para apoiá-lo, para  prover-lhe as necessidades físicas e materiais, mas, especialmente, para  prover as necessidades de afeto. Dar o consolo necessário, estar  disponível e disposta a olhar, a conversar, ser empática, ou seja, a  entender ou a colocar-se no lugar dos filhos e do seu momento de vida  são algumas das formas de construir a missão de ser mãe.
É claro  que a vida não é estática nem oferece condições que fazem com que tudo  esteja bem o tempo todo: para isso, é necessário que saibamos nos  observar para não transferirmos as experiências negativas vividas em  nossa formação para a formação de nosso filho. Como diz o título de um  livro, é importante que cada mãe possa “falar para seu filho ouvir e  ouvir para seu filho falar (do livro: Falar para seu filho ouvir e ouvir para seu filho falar  de Adele Faber e Elaine Mazlish). Recusar os sinais que ele  dá, não  olhar nos olhos dele, desconfiar dele, não dar peso às coisas que ele  fala, não o ajuda em nada. É importante que saibamos ensinar, mas que  também saibamos confiar e dar autonomia e possibilidade para que nosso  filho amadureça com pessoa.
Estar bem emocionalmente faz que que  possamos contribuir para o crescimento e o desenvolvimento saudável de  nossos filhos do ponto de vista psicológico. Faço aqui uma observação  especial para as mães: cuide dos outros, mas também cuide de si. Viver  em harmonia com sua dimensão espiritual, afetiva, social, biológica, é  essencial para que você possa cuidar bem dos outros e consiga lidar com  as alegrias, tristezas, conquistas e dificuldades próprias da vida.  Lembre-se de que, em primeiro lugar, você é mulher, e com isso, toda a  beleza do ser mulher virá com esses cuidados, que depois se farão  extensão ao cuidado com o outro, com seu marido, com os filhos.
Mães  aprendem a todo momento: desde o choro do bebê que identifica fome ou  dor, aprendem também a ligação íntima e profunda que têm com seus  filhos. Aprendem pela experiência do ser mãe e, sendo mães, reformulam,  superam e vivem positivamente conflitos passados em sua vida. Há uma  ligação tão profunda e poderosa existente entre mães e filhos que esta  sobrevive para sempre em algum lugar muito além das palavras e é algo de  uma beleza indescritível.
Você, mãe, trocaria essa beleza e o poder dessa ligação materna por alguma coisa?
Ser  mãe é ser a todo tempo, a toda hora, sem limites. Os limites de uma mãe  sempre serão testados, colocados à prova, mas o dom, o amor e a missão  farão sempre com que esta supere tudo aquilo que seja lhe dado como  prova, bem como a fará experimentar todas as alegrias que esta missão  lhe concede!
Muito obrigada a você, mãe, por este e por todos os dias de sua missão!
 

 
 
Muito bela esta reflexão, pois é uma missão mto importante de ser mãe.
ResponderExcluirParabéns a todas as mamães! E que Deus nos ilumine sempre para podermos ser sim: Mãe possível e disponível;