Celebramos neste final de semana a festa de PENTECOSTES.
Recordamos o "Dom" do Espírito Santo e
o final do tempo pascal.
PENTECOSTES era uma festa judaica muito antiga,
celebrada 50 dias após a Páscoa. (TEXTO ANIMADO)
Inicialmente, era uma festa agrícola em agradecimento a Deus
pelas colheitas.
Depois o povo começou a celebrar nela a ALIANÇA,
o dom da LEI no Sinai e a constituição do Povo de Deus,
fato acontecido 50 dias depois da saída do Egito...
acompanhado de trovões, relâmpagos, trombetas, vento
forte...
A 1ª Leitura e o Evangelho
descrevem o PENTECOSTES CRISTÃO.
O Espírito presente no início da vinda pública de Jesus,
está presente também no início da atividade missionária da
Igreja.
As narrativas são diferentes e até divergentes, mas se
completam:
+ São Lucas
faz coincidir o Pentecostes cristão com o Pentecostes judaico...
para mostrar que o
ESPÍRITO é a LEI da NOVA ALIANÇA
e que, por ele, se
constitui um NOVO POVO DE DEUS
Por isso, relata o
FATO entre raios e trovões,
inspirando-se na narrativa
da entrega da Lei no Sinai. (At 2,1-11)
- Os apóstolos estão reunidos... trancados numa
casa...
O fogo do Espírito
se reparte em forma de línguas sobre cada um deles.
Eles saem do
cenáculo e, em praça pública começam a falar
do Cristo
ressuscitado, com grande entusiasmo e sabedoria.
É a primeira e
grande manifestação missionária da Igreja.
E seus missionários
são os doze apóstolos.
- E o povo espantado se questiona: "Como os escutamos na nossa língua?"
O texto nos faz
lembrar a Torre de Babel (Gn 11):
- Lá ninguém se
entende mais... Aqui acontece o contrário:
Por obra do Espírito Santo, todos falam uma
língua
que todos
compreendem e que une a todos: a linguagem do amor.
- A intenção de Lucas é apresentar a Igreja como a
Comunidade
que nasce de Jesus, que é animada pelo Espírito e que é
chamada
a testemunhar aos homens o projeto libertador do Pai.
+ São João
colocou o Dom do Espírito Santo no dia da Páscoa. (Jo 20,19-23)
Os Sinais ("anoitecer", "portas
fechadas", "medo") revelam a situação
de uma Comunidade desamparada, desorientada e insegura.
Jesus aparece "no
meio deles" e lhes deseja a "PAZ".
Confia a Missão: "Como
o Pai me enviou, eu VOS ENVIO".
"Soprou" sobre eles e falou: "Recebei o ESPÍRITO SANTO".
- Nessa perspectiva,
Páscoa e Pentecostes são partes do mesmo acontecimento.
* A preocupação dos evangelistas não foi escrever uma
crônica histórica,
mas uma catequese
sobre o Mistério Pascal e a Igreja
Afirmam a mesma
coisa, expressando-se numa linguagem diferente.
- Para LUCAS:
A Igreja é uma Comunidade que nasce
de Jesus,
é animada pelo Espírito e é chamada a testemunhar aos homens
o projeto do Pai.
O Espírito é a LEI NOVA que orienta a caminhada dos crentes.
Ele criou uma nova comunidade, capaz de ultrapassar as
diferenças e
unir todos os povos numa mesma comunidade de amor.
- Para JOÃO,
a Igreja é uma Comunidade construída
ao redor de Jesus
e animada pelo Espírito, que a torna viva e "recriada".
O Espírito é esse "sopro"
de vida que a faz vencer o medo e as limitações
e dar testemunho no mundo desse amor,
que Jesus viveu até às ultimas conseqüências.
- Para PAULO,
a Igreja é o "Corpo Místico de Cristo". (1Cor 12,
3b-712-13)
Apesar da diversidade dos membros e das funções, o Corpo é
um só.
Mas é o mesmo ESPÍRITO que alimenta e dá vida a esse corpo.
O Pentecostes continua: Diante desse fato grandioso,
talvez invejamos a sorte dos apóstolos e esquecemos
que o Pentecostes continua em nossa vida e na vida da
Igreja...
- Em NOSSA
VIDA houve um Pentecostes: A CRISMA,
quando recebemos a plenitude do Espírito Santo para cumprir
nossa missão...
- Na VIDA DA IGREJA, que nasceu no Pentecostes e
continua a ser recriada pelo Espírito. O Espírito Santo é a
alma da Igreja.
+ O cristão é um enviado:
"Como o Pai me enviou, eu também vos
envio".
- Para promover a PAZ.
É um dom precioso e
ausente muitas vezes no mundo.
Cristo e seu
Espírito são fontes de paz para que o mundo creia.
- Para experimentar o PERDÃO e a MISERICÓRDIA
(dado e recebido).
O perdão e a
misericórdia são as atitudes da Igreja diante do mundo.
- Para construir a COMUNIDADE.
O Espírito de Deus
foi derramado em cada um para conseguir
a unidade de todos
no amor.
O Pentecostes, para nós, é a plenitude da Páscoa.
É o nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade
à obra de Cristo através dos tempos, em meio à diversidade
dos povos.
No dia de Pentecostes, as pessoas falavam a mesma linguagem:
o Amor.
O amor deve continuar sendo a linguagem dos cristãos do
mundo inteiro. Através do amor, o sopro do Espírito Santo continuará presente.
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