terça-feira, 29 de abril de 2014

Frase do dia

A virtude é o que uma pessoa faz com paixão; o vício é o que uma pessoa, por paixão não consegue deixar.
São Tomás de Aquino

domingo, 27 de abril de 2014

A Comunidade

A Liturgia desse domingo, vivendo ainda a alegria pascal,
apresenta a NOVA COMUNIDADE (a Igreja),
que nasce da Cruz e Ressurreição
com a missão de revelar aos homens
a Vida Nova que brota da Ressurreição.

As leituras ilustram essa realidade...

A 1a Leitura descreve a Comunidade cristã de Jerusalém (At 2,42-47)

- É uma "Comunidade de irmãos", perseverantes:
   - no Ensino dos Apóstolos: à CATEQUESE
   - na Partilha dos Bens:        à CARIDADE.
   - nas Celebrações:                         à LITURGIA: - Orações no Templo e
                                                        - Eucaristia nas casas: "fração do pão".

- Uma Comunidade que dá testemunho,
  provocando admiração e simpatia do povo e atraindo novos membros.

* Essa comunidade ideal, descrita por Lucas, quer recordar
o essencial daquilo que toda comunidade deve ser:
um Modelo à Igreja de Jerusalém e às igrejas de todas as épocas:
Uma Comunidade de irmãos, reunida ao redor de Cristo, animada pelo Espírito, que tem a missão de testemunhar na história a Salvação.
- Em nossa comunidade, estão presentes hoje esses elementos?


A 2a Leitura começa com um pequeno hino, que bendiz o Pai
pela ressurreição de Jesus, que fez renascer a esperança.
Deus nos fez renascer pela Ressurreição de Jesus Cristo. (1Pd 1,3-9)

Salmo: "Porque eterna é a sua MISERICÓRDIA..." (Domingo da Misericórdia...)

O Evangelho nos apresenta a Comunidade dos Apóstolos.
Jesus vivo e ressuscitado é o CENTRO da Comunidade cristã.

Ao redor dele, a Comunidade se estrutura e
se anima a vencer o "medo" e a hostilidade do mundo. (Jo 20,19-31)

Os APÓSTOLOS estão trancados... apavorados... sem paz...
Refletem as adversidades enfrentadas após a crucifixão de Jesus e
na época em que o evangelho foi escrito. Mas Jesus infunde confiança.

CRISTO: rompe as barreiras e aparece no 1º dia da semana...
- Oferece: - A PAZ... o PERDÃO ... torna-os Mensageiros do perdão...
                - O ESPÍRITO SANTO: "Sopra": lembra o sopro criador de Deus...
- Envia em missão: "Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio..."
- Exige: FÉ: - Para Tomé que quer ver para crer:
     "Não sejas incrédulo, mas fiel... Felizes os que crêem sem terem visto..."

+ Portas Trancadas:
   Cristo abre as portas daquela Comunidade... e os envia ao Mundo...   
    A presença de Jesus ressuscitado é fonte de coragem e de paz...
    E o Espírito Santo dará a força para cumprir sua missão.  

+ A PAZ: Jesus oferece três vezes a Paz: "Shallon" (= Paz total).
   - Dá a Paz aos apóstolos e depois os envia como mensageiros da paz.
   - Essa Paz, muitas vezes, só é possível pelo caminho do PERDÃO...

+ Por isso, Cristo oferece o Sacramento do Perdão: CONFISSÃO:
    "Aqueles a quem perdoardes os pecados..."
    * Pecadores, uma vez perdoados, são enviados a perdoar em nome de Deus.
         à Você já fez a sua confissão Pascal nesse ano?

+ Tomé: afastado da Comunidade, quer provas, segurança: "Ver para crer..."

  - Jesus: comprova sua "Divina Misericórdia", cujo dia hoje celebramos:
              aceita o desafio e vai ao encontro do apóstolo incrédulo...  
          
  - Tomé, voltando à Comunidade, encontra o Cristo Ressuscitado e
     faz sua profissão de fé: "Meu Senhor e meu Deus".

   * É na COMUNIDADE que encontramos as provas que Jesus está vivo.
     Quem não participa da Comunidade não ouve a saudação de Paz,
     não prova a alegria da Páscoa do Senhor,
     nem recebe o dom do Espírito Santo.
     Quem não se encontra com a Comunidade
      não se encontra também com o Cristo Ressuscitado.

  - A Tomé e a todos nós, Cristo continua repetindo:
    "Felizes os que acreditam mesmo sem terem visto..."

+ Tudo acontece no 1º Dia da Semana: É uma alusão ao DOMINGO,
    dia em que a Comunidade é convocada a celebrar a Eucaristia:
    é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos,
    com a Palavra proclamada, com o Pão de Jesus partilhado,
    que se descobre Jesus Ressuscitado.

   - Cada Domingo deve ser uma pequena Páscoa...
     em que renovamos o nosso Batismo, a caminho da vida Plena...      

    * O "Nosso Domingo" é de fato "O Dia do Senhor?"

A Liturgia nos questiona:
- A nossa Comunidade é o local do nosso encontro com o Ressuscitado?
- Na Comunidade, somos unidos e perseverantes
   no estudo da Palavra de Deus, na partilha dos bens e nas celebrações?
- Vivemos a alegria, a fraternidade, o perdão, a paz,
   que o Cristo ressuscitado veio trazer,
   ou ainda trancados vivemos o clima de medo?


- Podemos, com sinceridade, dizer, que Jesus é nosso "Deus e Senhor"?

terça-feira, 22 de abril de 2014

Frase do dia

Não cai uma lágrima de nossos olhos, não tem um suspiro em nosso coração sem uma resposta de Deus.
Beato João XXIII

domingo, 20 de abril de 2014

A Vida venceu a Morte

A Aurora radiante do domingo de Páscoa
é a imagem de Cristo Triunfante
que, ao sair do sepulcro,
ilumina uma nova e eterna criação.
Jesus não permaneceu no sepulcro.
Ele ressuscitou dos mortos e está vivo no meio de nós.
Não devemos procurar entre os mortos Aquele que está vivo.
 

Hoje a VIDA se manifesta na sua plenitude, vitoriosa sobre a morte,
para que todos tenham vida e muita vida.

As primeiras leituras apresentam o testemunho do Cristo Ressuscitado
realizado por Pedro e Paulo, duas colunas da Igreja,
sobre as quais se funda a fé da Igreja de todos os tempos.

Na 1ª leitura temos o Testemunho de Pedro. (At 10,30a.37-43)
Convocado pelo Espírito, Pedro entra em casa de Cornélio, em Cesaréia,
expõe-lhe o essencial da fé e batiza-o, bem como a toda a sua família.

O episódio é importante por dois motivos:
- Cornélio é o primeiro pagão admitido ao cristianismo por um dos Doze.   
  Significa que a vida nova que nasce de Jesus é para todos os homens.
- O texto é uma composição do "kerigma" primitivo:

Kerigma : É o anúncio essencial da fé, o resumo da mensagem cristã.
que leva a aceitação do Cristo e da sua mensagem, através do Batismo:
* Pedro começa por anunciar Jesus como "o ungido", que tem o poder de Deus; * depois, descreve a atividade de Jesus, que "passou fazendo o bem e curando  
   todos os que eram oprimidos";
* em seguida, dá testemunho da morte de Jesus na cruz e da sua ressurreição;
* finalmente, Pedro tira as conclusões acerca da dimensão salvífica de tudo isto:
   "quem acredita nele, recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados".

A verdade da Ressurreição é o núcleo central e fundamental
da pregação apostólica sobre a obra redentora de Jesus.

E os discípulos devem se identificar Jesus e ser testemunhas de tudo isto,
para que essa proposta possa atingir todos os povos. 

A 2ª leitura dá o Testemunho de São Paulo: (Cl 3,1-4)
O Batismo nos põe em comunhão com Cristo ressuscitado.
Disso resulta um conjunto de exigências práticas, que ele enumera a seguir.
A Vitória da vida se manifesta em nós através das obras.

O Evangelho descreve a atitude da Comunidade cristã diante da Ressurreição, "no primeiro dia da semana". (Jo 20,1-9)

1) MARIA MADALENA é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus.
Apesar de já ser madrugada, ainda é "escuro". As trevas da dor, da separação
e da saudade ofuscam os olhos da esperança no alvorecer de um novo dia.
Mas a pedra está retirada, o túmulo vazio...
Confusa retorna correndo para relatar o fato a Pedro e João.

Ela representa a nova comunidade que acredita, inicialmente,
que a morte triunfou e vai procurar Jesus morto no sepulcro:
é uma comunidade perdida, desorientada, insegura, desamparada,
que ainda não assimilou a morte de Jesus.
Mas, diante do sepulcro vazio, descobre que a morte não venceu
e que Jesus continua vivo.

2) PEDRO representa, nos Evangelhos, "o Discípulo obstinado" ,
para quem a morte significa fracasso e que se recusa a aceitar
que a vida nova passa pela humilhação da Cruz.

3) JOÃO representa "o Discípulo ideal":
que está em sintonia total com Jesus,
que corre ao seu encontro de forma mais decidida,
que compreende os sinais: "Entrou, viu e creu".
Ele é o modelo do Homem Novo, do homem recriado por Jesus.

* Os dois discípulos correm ao túmulo de Jesus na manhã de Páscoa.
Nota-se o impacto produzido nos discípulos pela morte de Jesus e
as diferentes disposições existentes entre os membros da comunidade cristã.

+ A Páscoa é uma PASSAGEM da Morte para a Vida.
   E quantos "Sinais de Morte" nós vemos ainda hoje no mundo:
- Abortos, drogas, bebidas, tentativas de suicídios...
- Violência... Fome... doença... analfabetismo... desemprego..
- Quantos galhos secos, sem folhas e sem frutos:
     - secos espiritualmente: em pecado... separados de Cristo...
     - secos comunitariamente: acomodados, não atuantes... 
à Quais são os nossos sinais de Morte ?
     Aquilo que deve morrer dentro de nós... para ressuscitar 
     uma vida nova com mais alegria e mais esperança ?

+ Deus quer a Vitória da Vida...
   A festa da Ressurreição renova a fé em Cristo vencedor da morte.
   A vida recebe na ressurreição de Jesus a semente da eternidade.
   Ser Cristão é ser protagonista da Ressurreição
   nos pequenos gestos de cada dia.
   Todo aquele que defende a vida e ama os irmãos 
   trabalha para a construção de um mundo melhor...

+ Cada missa, um reviver da Páscoa...
    motivando-nos para abandonar os caminhos de morte e

    "escolher" os caminhos da vida...

sábado, 19 de abril de 2014

A Semana Santa passo a passo


A semana é santa, porque, neste tempo, celebramos os momentos mais importantes da nossa salvação. “Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou” (cf. Jo 13,1). Com Sua entrega por nós, Jesus santificou esta semana, e nós a santificamos também com nosso compromisso cristão.

Domingo de Ramos 

O Domingo de Ramos abre, por excelência, a Semana Santa, pois celebra a entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, a Morte e a Ressurreição.

Este domingo é chamado assim, porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão por onde o Senhor passaria montado num jumento. Com isso, Ele despertou, nos sacerdotes da época e mestres da Lei, inveja, desconfiança e medo de perder o poder. Começa, então, uma trama para condená-Lo à morte.
A liturgia dos ramos não é uma repetição apenas da cena evangélica, mas um sacramento da nossa fé, na vitória do Cristo na história, marcada por tantos conflitos e desigualdades.

Quarta-feira Santa 

Procissão do encontro
Em muitas paróquias, especialmente no interior do país, realiza-se a famosa "Procissão do Encontro" na Quarta-feira Santa. 

Os homens saem, de uma igreja ou local determinado, com a imagem de Nosso Senhor dos Passos; as mulheres saem de outro ponto com Nossa Senhora das Dores. Acontece, então, o doloroso encontro entre a Mãe e o Filho. O padre proclama o célebre "Sermão das Sete Palavras", fazendo uma reflexão, que chama os fiéis à conversão e à penitência.

Quinta-feira Santa 

Santos óleos
Uma das cerimônias litúrgicas da Quinta-feira Santa é a bênção dos santos óleos usados durante todo o ano pelas paróquias. São três os óleos abençoados nesta celebração: o do Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos.
Ela conta com a presença de bispos e sacerdotes de toda a diocese. É um momento de reafirmar o compromisso de servir a Jesus Cristo.

Lava-pés

O Lava-pés é um ritual litúrgico realizado, durante a celebração da Quinta-feira Santa, quando recorda a última ceia do Senhor.

Jesus, ao lavar os pés dos discípulos, quer demonstrar Seu amor por cada um e mostrar a todos que a humildade e o serviço são o centro de Sua mensagem; portanto, esta celebração é a maior explicação para o grande gesto de Jesus, que é a Eucaristia.

O rito do lava-pés não é uma encenação dentro da Missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou o padre, que lava os pés de algumas pessoas da comunidade, está imitando Jesus no gesto; não como uma peça de teatro, mas como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus.

Instituição da Eucaristia


Com a Santa Missa da Ceia do Senhor, celebrada na tarde ou na noite da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao chamado Tríduo Pascal e faz memória da Última Ceia, quando Jesus, na noite em que foi traído, ofereceu ao Pai o Seu Corpo e Sangue sob as espécies do Pão e do Vinho, e os entregou aos apóstolos para que os tomassem, mandando-os também oferecer aos seus sucessores.

A palavra "Eucaristia" provém de duas palavras gregas "eu-cháris", que significa "ação de graças", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de Pão e Vinho.

Instituição do sacerdócio


A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, quando Jesus, num dia como hoje, véspera de Sua Paixão, "durante a refeição, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai e comei, isto é meu corpo'." (cf. Mt 26,26).

Ele quis, assim como fez na última ceia, que Seus discípulos se reunissem e se recordassem d'Ele abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim". Com essas palavras, o Senhor instituiu o sacerdócio católico e deu-lhes poder para celebrar a Eucaristia.

Sexta-feira da Paixão

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.

Via-sacra

Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via-Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz.

A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crúcis.


Sábado Santo


O Sábado Santo não é um dia vazio, em que "nada acontece". Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito na cruz – "Por que me abandonaste?" –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: "tudo está consumado!".

Vigília Pascal:

Durante o Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando Sua Paixão e Morte, Sua descida à mansão dos mortos, esperando, na oração e no jejum, Sua Ressurreição. Todos os elementos especiais da vigília querem ressaltar o conteúdo fundamental da noite: a Páscoa do Senhor, Sua passagem da morte para a vida.

A celebração acontece no sábado à noite. É uma vigília em honra ao Senhor, de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (cf. Lc 12,35-36), tenham acesas as lâmpadas, como os que aguardam seu senhor chegar, para que, os encontre em vigília e os convide a sentar à sua mesa.

Bênção do fogo


Fora da Igreja, prepara-se a fogueira. Estando o povo reunido em volta dela, o sacerdote abençoa o fogo novo. Em seguida, o Círio Pascal é apresentado ao sacerdote. Com um estilete, o padre faz nele uma cruz, dizendo palavras sobre a eternidade de Cristo.

Assim, ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos, exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor, e tudo – homens, coisas e tempo – estão sob Sua potestade.

Procissão do Círio Pascal

As luzes da igreja devem permanecer apagadas. O diácono toma o Círio e o ergue, por algum tempo, proclamando: "Eis a luz de Cristo!". Todos respondem: "Demos graças a Deus!".

Os fiéis acendem suas velas no fogo do Círio Pascal e entram na igreja. O Círio, que representa o Cristo Ressuscitado, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança em procissão.

Proclamação da Páscoa


O povo permanece em pé com as velas acesas. O presidente da celebração incensa o Círio Pascal. Em seguida, a Páscoa é proclamada.

Esse hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, a alegria do Céu, da Terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Essa alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas. Terminada a proclamação, apagam-se as velas.


Liturgia da Palavra

Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais que o usual na proclamação da Palavra.

As leituras da vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: "E começando por Moisés, percorrendo todos os profetas, explicava-lhes (aos discípulos de Emaús) o que dele se achava dito em todas as Escrituras" (Lc 24, 27).

Liturgia Batismal

A noite de Páscoa é o momento que tem mais sentido celebrar os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que preside a celebração, nesta noite, tem a faculdade de conferir também a confirmação do batismo, para fazer visível a unidade dos sacramentos da iniciação.

Se houver batismo, deverão chamar os catecúmenos, que serão apresentados pelos padrinhos à Igreja reunida.

Ladainha de todos os santos


Nós, Igreja peregrina, em profunda comunhão com a Igreja do Céu, reafirmamos nossa fé e pedimos a intercessão daqueles que nos precederam na glória do Cristo ressuscitado.

Bênção da água batismal


Durante a oração, o sacerdote mergulha o Círio Pascal na água uma ou três vezes. Se houver batismo, cada catecúmeno renuncia ao demônio, faz a profissão de fé e é batizado.

A bênção da água trata-se, sobretudo, de bendizer a Deus por tudo o que Ele fez, por meio da água, ao longo da História da Salvação. Neste momento, o padre implora ao Senhor que, hoje, também este sinal atualize o Espírito de vida sobre os batizados.

Renovação das promessas batismais


Após o rito do batismo (se houver) ou da bênção da água, todos, em pé e com as velas acesas, renovam as promessas do batismo.

Terminada a renovação das promessas, o sacerdote asperge o povo com a água benta, enquanto todos cantam. Neste dia, é omitido o creio; em seguida, é presidida a oração dos fiéis.

Liturgia Eucarística

A Celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascoal. É a Eucaristia central de todo o ano, mais importante que a do Natal ou da Quinta-feira Santa. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar de Seu Corpo e de Seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa. É o ponto mais importante da celebração.

Domingo da Páscoa
Domingo da Ressurreição


É o dia santo mais importante da religião cristã. Depois de morrer crucificado, o corpo de Jesus foi sepultado, ali permaneceu até a ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. Do hebreu "Peseach", Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade.

A presença de Jesus ressuscitado não é uma alucinação dos Apóstolos. Quando dizemos "Cristo vive" não estamos usando um modo de falar, como pensam alguns, para dizer que vive somente em nossa lembrança.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Frase do dia

Deus não quer roubar o prazer; Ele quer dar-nos prazer sem fim. 
Henrich Seuse

terça-feira, 15 de abril de 2014

Programação da Semana Santa na Paróquia São Pedro e São Paulo

PARÓQUIA SÃO PEDRO E SÃO PAULO
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA

16/4 – Quarta-feira da Semana Santa
19h30 – missa 

TRÍDUO PASCAL
17/4 – Quinta-feira Santa
19h30 – Missa da Ceia do Senhor – “Lava-pés”
Após a missa, adoração ao Santíssimo Sacramento na Igreja até a meia noite 

18/4 – Sexta-feira Santa
6h – Adoração ao Santíssimo Sacramento, na Igreja
9h às 12h – Confissões na Igreja
15h00 – Solene Liturgia da Paixão do Senhor

19/4 – Sábado Santo
9h às 12h – Confissões na Igreja
15h – Bêncão dos alimentos
19h30 – Celebração da Vigília Pascal, com bênção do fogo santo, com início na quadra. Neste dia haverá Batizado. 

20/4 – Domingo de Páscoa
Missas às 8h30 e 19h30


(Não haverá atendimento na Secretaria Paroquial nos dias 18/04, 19/04, 20/04 e 21/04 – sexta, sábado, domingo e segunda)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Frase do dia

Ninguém deve pensar, como Caim, que não é responsável pela sorte do seu irmão.
Beato João Paulo II

sábado, 12 de abril de 2014

Frase do dia

O mundo está cheio de gente que anuncia água e bebe vinho.
Giovanni Guareschi

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Frase do dia

A raiz da crise do matrimônio e da familia encontra-se num falso conceito de liberdade.
Beato João Paulo II

terça-feira, 8 de abril de 2014

Frase do dia

Não deixar os pobres participarem dos nossos bens significa roubá-los e tirar-lhes a vida.
Não são os nossos bens que possuímos, mas os deles.
São João Crisóstomo

domingo, 6 de abril de 2014

Vida nova

A liturgia desse domingo continua
a Catequese Batismal da Quaresma.

Depois de apresentar:
   - Cristo, ÁGUA para a nossa sede (Samaritana);
   - Cristo, LUZ para as nossas trevas (Cura do cego);
Hoje nos fala de: - Cristo, Ressurreição para a VIDA (Lázaro).

A Liturgia responde à pergunta: "Como chegar a ser cristão?"
Começamos com a recepção do dom de Deus, na água viva da graça,
com uma iluminação e com uma ressurreição à vida verdadeira.

Na 1a leitura, Ezequiel anuncia VIDA NOVA. (Ez 37,12-14)

O Povo, exilado na Babilônia, desesperado e sem futuro,
vivia uma situação de Morte.
O profeta Ezequiel procurou alimentar a esperança dos exilados e
transmitir a certeza de que Deus não os abandonou.
O texto apresenta a famosa visão dos ossos ressequidos,
que saem dos "túmulos".
O Espírito do Senhor sopra sobre eles e eles ganham vida.
Deus vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança,
a escravidão em libertação.
Com essa imagem, o profeta anuncia a libertação aos exilados,
que estavam sem esperança como ossos secos na sepultura.

* Hoje ainda há morte na família, quando os casais não se perdoam...
Há morte quando os jovens se deixam levar pelas drogas e corrupção...
Há morte quando nossas comunidades se digladiam entre si com invejas...

Na 2ª Leitura, Paulo lembra que o Espírito de Deus
ressuscitou Cristo e o introduziu na glória do Pai.
A Ressurreição de Cristo é a garantia e a promessa de nossa Ressurreição.
No Batismo, nós recebemos o mesmo Espírito, que dá vida. (Rm 8,8-11)

No Evangelho, Jesus se apresenta como o SENHOR DA VIDA. (Jo 11,1-45)

- O Fato: Mandam dizer: "Lázaro está doente..."
- Jesus: aparentemente não se preocupa... Os apóstolos até estranham...
- Jesus tranqüiliza: "Essa doença é para a glória de Deus...
  Ele está dormindo" e fica com eles mais dois dias...

- No Encontro com Marta, Jesus se comove e chora...
   Não é choro ruidoso, desesperado... mas de afeto e solidariedade...
   O povo até comenta: "Vede como ele o amava".

- O Diálogo: - Jesus afirma: "Eu sou a ressurreição e a Vida.
       Aquele que crer, ainda que estiver morto viverá... "Você crê nisso?"
    - Marta professa sua fé: "Sim, eu creio", que tu és o Cristo..."
- No Sepulcro... "Tirai a pedra..."
  (que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos...)
- A Oração: "Pai, eu te dou graças, porque me ouvistes..."
- A Ordem: "Lázaro, vem para fora...
                    Desatai-o... e deixai-o andar".
  E Lázaro recupera a Vida.

Duas formas de SOLIDARIEDADE diante da Morte:


- Os amigos e vizinhos vão à casa de Marta e Maria, para dar os pêsames
   e fazer lamentações em altos brados: Símbolo do desespero.
- Jesus nem entra na casa, nesse ambiente dominado pelo desespero.
   Ele fica fora e chama para fora...
   Os dois choram... mas muito diferente...


+ A Família de Betânia representa a Comunidade cristã,

formada por irmãos e irmãs, não tem pais...
Todos conhecem Jesus, são amigos de Jesus
e acolhem Jesus na sua casa e na sua vida.
Essa família faz a experiência da morte.
Mas os amigos de Jesus sabem que Ele é a Ressurreição e a Vida,
e que dá a vida plena aos seus.
A morte é apenas a passagem para a vida plena.

+ Ressurreição de Lázaro é um SINAL: (7º e último antes da Paixão)


- A Ressurreição de Lázaro é uma prefiguração da Ressurreição de Cristo.
  O Batismo é um morrer e ressuscitar com Cristo.
- O "Sinal" de Betânia é também um convite a crer na Vida
  e a lutar por ela em todas as expressões.
- O discípulo de Jesus, renascido à Vida no Batismo,
  carrega em si o germe da verdadeira Vida.

+ O Prefácio resume o sentido do fato:

   "Verdadeiro homem, Jesus chorou o amigo Lázaro;
   Deus e Senhor da Vida, o tirou do túmulo;
   hoje estende a toda a humanidade a sua misericórdia e
   com os seus sacramentos nos faz passar da morte à Vida"

A liturgia da Palavra nesta Quaresma é uma retomada
de nossa "iniciação batismal", que certamente precisa ser aprofundada:
- Um ENCONTRO com Cristo,
- um DIÁLOGO

- e uma PROFISSÃO DE FÉ, a exemplo da Samaritana, do Cego e de Marta.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Frase do dia

Compete sobretudo aos fiéis leigos formados na escola do evangelho intervir diretamente na ação social e política.
Papa Bento XVI