O Papa Francisco divulgou neste sábado (27) mensagem alusiva ao 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais que será lembrado neste domingo (28)
Veja a mensagem na integra:
Mensagem do Papa Francisco
“Não temas, porque estou contigo” (Is 43,5)
Comunicar esperança e confiança no nosso tempo
O acesso aos meios de comunicação, graças ao desenvolvimento tecnológico, é tal que muitas pessoas têm a possibilidade de compartilhar instantaneamente notícias e divulga-las de uma forma capilar. Estas notícias podem ser boas ou ruins, verdadeiras ou falsas. Os nossos antigos pais na fé já falavam da mente humana como de uma pedra de moinho que, movida pela água, não pode ser parada. Quem está encarregado do moinho, porém, tem a possibilidade de decidir se moer o grão ou o joio. A mente do homem está sempre em ação e não pode deixar de “moer” o que recebe, mas cabe a nós decidir qual material fornecer (cfr. CASSIANO O ROMANO, Carta a Leonzio Igumeno).
Gostaria que esta mensagem pudesse alcançar e incentivar todos aqueles que, seja no âmbito profissional, seja nas relações pessoais, todos os dias “moem” tantas informações para oferecer um pão perfumado e bom para aqueles que se alimentam dos frutos da sua comunicação. Gostaria de exortar todos a uma comunicação construtiva que, ao rejeitar os preconceitos em relação ao outro, promovam uma cultura do encontro, graças a qual se possa aprender a ver a realidade com consciente confiança.
Creio que seja necessário romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultado do hábito de concentrar a atenção sobre as “más notícias” (guerras, terrorismo, escândalos e todo tipo de fracassos nos eventos humanos). Naturalmente, não se trata de promover uma desinformação na qual seria ignorado o drama do sofrimento, nem cair em um otimismo ingênuo que não se deixa tocar pelo escândalo do mal. Gostaria, ao contrário, que todos nós procurássemos superar a sensação de descontentamento e resignação que muitas vezes sentimos, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de que ao mal não se pode colocar limite. Por sua vez, em um sistema de comunicação em que vale a lógica de que uma boa notícia não repercute e, portanto, não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal são facilmente espetacularizados, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou escorregar no desespero.
Gostaria, portanto de oferecer uma contribuição à busca de um estilo comunicativo aberto e criativo, que não seja disposto a conceder ao mal um papel de protagonista, mas procure evidenciar possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia. Gostaria de convidar todos a oferecerem aos homens e às mulheres do nosso tempo relatos marcados pela lógica da “boa notícia”.
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