domingo, 7 de agosto de 2011

1º Domingo de Agosto: A Vocação do Padre

 
Como acontece em todos os anos, neste primeiro domingo de agosto, a Igreja do Brasil celebra o Dia do Padre. Crianças e Pré-adolescentes da Infância Missionária e toda a comunidade homenagearam nossos padres, quem celebrou a Missa na parte da manhã foi o Padre Carlos de Oliveira Egler, o qual agradeceu a homenagem e compartilhou conosco por um instante sobre sua vida sacerdotal. Padre Itamar Abreu Turco encontrava-se em outra comunidade neste horário e também foi lembrado nas homenagens.


A liturgia nos apresenta a experiência de Deus vivida pelo Profeta Elias, no Monte Horeb. Ele tinha uma promessa de que o Senhor iria se encontra com ele naquele lugar. Mas, veio um vento impetuoso, depois veio um terremoto, depois o fogo e o Senhor não estava em nenhum daqueles fenômenos tão fortes. Em vez de desistir o profeta, continuou esperando.
         Por fim, o texto deste domingo registra: “E, depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isso, Elias cobriu o rosto com o manto e pôs-se à entrada da gruta, o Senhor estava na brisa suave” (1 Rs 19,13). Assim também os nossos padres sabem muito bem que o Senhor está com eles. Pode até parecer que, por vezes, se sintam um pouco abandonados, mas nas coisas pequenas e simples o Senhor revela sua presença.
         A vida de nossos padres pode ser comparada com a cena do evangelho deste dia do padre: “A barca já longe da terra estava sendo agitada pelas ondas, com o vento contrário. No meio da madrugada veio Jesus caminhando sobre as águas. Os discípulos ficaram apavorados e disseram: ‘É um fantasma’! Jesus os acalma: ‘Coragem, sou eu, não tenham medo’. Então Pedro lhe disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro caminhando sobre as águas... E Jesus respondeu: ‘Vem’!” (Mt 14, 24-27).
         De fato, Pedro saiu caminhando sobre a água, mas quando percebeu que poderia se afundar, já começou a afundar e gritou: “Senhor, salvai-me” e Jesus estendeu a mão, segurou Pedro e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” (Mt 14,29-31). Se o padre tem a convicção de estar acompanhado pelo Senhor, não precisa temer.
         Entretanto, no mundo em que nós vivemos, é claro que os nossos padres também passam pelos mesmos sofrimentos que São Paulo registra na carta aos Romanos: “Tenho no coração uma grande tristeza e uma dor contínua, a ponto de desejar ser eu mesmo segregado por Cristo, em favor de meus irmãos, os de minha raça. Eles são israelitas” (Rom 9,2-4).
         São Paulo sofria porque os seus irmãos, os da sua raça, eram israelitas e não acreditavam em Cristo, nem em sua ressurreição e nem em seu poder salvador. Hoje acontece o mesmo: muitos padres vivem o seu ministério por Cristo, mas os seus próprios irmãos, às vezes, os melhores amigos, pessoas que com ele cresceram, hoje estão totalmente afastados e não crêem no Cristo vivo e ressuscitado. Por isso, rezamos para que, neste dia do padre, possam eles perceber algum sinal de que estas realidades estão mudando para melhor!




Um comentário:

  1. Reinaldo, tudo bem! Suas fotos fizeram-me lembrar com saudades das comemorações que fazíamos também. A leitura do profeta Elias encanta-me profundamente, bem como o evangelho que para minha surpresa um amigo padre veio celebrar, pois está de férias dos estudos em Roma! Grande abraço!

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