A entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém marca o fim daquilo que Jerusalém representava para o Antigo Testamento
e assinala o início da nova Jerusalém,
a Igreja, que se estenderá por
todo o mundo
como um sinal universal da futura
redenção.
Na Igreja primitiva a celebração
desse domingo focalizava aspectos diferentes:
Em Roma, o tema central era a Paixão
do Senhor;
em Jerusalém, era a Entrada
triunfal de Jesus, destacando a Procissão dos ramos.
Atualmente, as duas tradições se
integram numa única celebração.
- Por isso, a celebração começa
com o rito da bênção dos ramos,
a leitura da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e a procissão.
- Termina com a celebração da
Eucaristia, com a proclamação da Paixão.
+ Na 1ª PARTE, nos unimos ao
Povo de Jerusalém,
que aclama alegre e feliz: "Hosana
ao Filho de Davi".
- O Povo estende seus mantos a
Jesus que passa, montado num burrinho,
e com entusiasmo o saúda com ramos nas mãos.
- Os fariseus reclamam dessa
agitação "exagerada".
- E Jesus responde: "Se eles se calarem, as pedras
gritarão..."
* É a entrada do "Príncipe da
Paz",
que esconde os trágicos acontecimentos da paixão.
+ A 2ª PARTE nos introduz na SEMANA
SANTA.
+ A 1ª Leitura apresenta a
Missão do "Servo Sofredor",
que testemunhou no meio dos povos
a Palavra da Salvação.
Apesar do sofrimento e da
perseguição,
o Profeta confiou em Deus e
realizou o Plano de Deus. (Is 50,4-7)
* Os primeiros cristãos viram
nesse "Servo" a figura de Jesus.
O Salmo tem grande
importância: é mencionado por Cristo na Cruz:
"Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?"
A 2ª Leitura é um
HINO, que apresenta o "despojamento" de Jesus.
Humilhou-se até a morte de cruz
como o Servo de Javé,
mas foi glorificado como Filho de
Deus na Ressurreição. (Fl 2,6-11)
O Evangelho
convida-nos a contemplar a PAIXÃO
e Morte de Jesus,
segundo a narrativa de Lucas. (Lc 22, 1-49)
+ O Sentido da
Paixão e Morte de Jesus:
A morte de Jesus deve ser
entendida no contexto daquilo que foi a sua vida. Desde cedo, Jesus percebeu
que o Pai o chamava a uma missão:
Anunciar a Boa Nova aos pobres e
pôr em liberdade os oprimidos.
Para concretizar este projeto,
Jesus passou pelos caminhos da Palestina,
"fazendo o bem" e
anunciando um mundo novo de vida, de liberdade,
de paz e de amor para todos.
- Ensinou que Deus era amor e não excluía ninguém, nem os
pecadores;
ensinou que os pobres e os
marginalizados eram os preferidos de Deus.
- Avisou os “ricos” e os
poderosos, de que o egoísmo e o orgulho,
só podiam conduzir à morte.
- O projeto libertador de Jesus
entrou em choque com as autoridades,
que se sentiram incomodadas com a
denúncia de Jesus:
não estavam dispostas a renunciar poder,
influência, domínio, privilégios.
Por isso, prenderam Jesus,
julgaram-no, condenaram-no e pregaram-no na cruz. A morte de Jesus é a conseqüência
do anúncio do Reino
que provocou tensões e
resistências.
DADOS EXCLUSIVOS DE LUCAS:
- Só Lucas põe Jesus dizendo: "fazei isto em memória de mim".
Não é apenas repetir as palavras de Jesus sobre o Pão e o Vinho,
mas também a entrega de Jesus, a doação da vida por Amor.
- Apresenta a discussão sobre quem
era o "maior".
Jesus avisa que o "maior" é aquele que serve.
Apresenta seu exemplo e convoca os discípulos a fazerem o mesmo.
- No Jardim das Oliveiras, acentua
a fragilidade humana de Jesus.
Fala do anjo, do suor de sangue e da submissão total ao projeto do Pai.
- Aparece a Bondade e a Misericórdia
de Deus em gestos concretos:
. Cura do guarda ferido por Pedro...
. As Palavras na Cruz: "Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
. Ao Bom Ladrão: "Ainda hoje
estarás comigo no paraíso".
. Preocupa-se com as
mulheres que choram sua morte:
"Chorai
antes... sobre vós... e sobre vossos filhos".
- Simão de Cirene carrega a cruz "atrás de Jesus".
Modelo do Discípulo, que toma a cruz de Jesus e o segue no seu
caminho...
é abismar-se na contemplação de um
Deus a quem o amor tornou frágil...
Por amor, ele veio ao nosso
encontro, assumiu os nossos limites,
experimentou a fome, o sono, o
cansaço, conheceu a mordedura das tentações, tremeu perante a morte, suou
sangue antes de aceitar a vontade do Pai;
e, estendido no chão, esmagado
contra a terra, traído, abandonado, incompreendido, continuou a amar.
+ Contemplar a Cruz onde se manifesta o amor de Jesus:
- Significa assumir a mesma
atitude de amor, de entrega e
solidarizar-se com os que continuam sendo crucificados...
- Significa denunciar tudo o que
gera ódio, divisão, medo...
- Significa evitar que os homens
continuem a crucificar outros homens.
- Significa aprender com Jesus a
entregar a vida por amor...
+ Somos convidados a começar a
Semana Santa, com um novo ardor...
Que o grito de alegria de hoje,
não se converta em "crucifica-o",
na sexta feira.
Que os ramos, que são brotos novos
de propósitos santos,
não murchem nas mãos e se
convertam em ramos secos.
Caminhemos até a Páscoa com amor.
como lembrança dessa celebração.
Não devem ser vistos como algo
folclórico,
como amuletos da sorte ou de
proteção contra os perigos,
mas algo sagrado, que levamos para
casa
como um SINAL visível do
compromisso assumido
de seguir Jesus no caminho ao Pai.
A presença dos ramos em nossos
lares deve ser uma lembrança
de que hoje aclamamos a Jesus,
como nosso Rei,
e que desejamos aclamá-lo durante
toda a nossa vida, como nosso Salvador.
Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/
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