domingo, 17 de março de 2013

"Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra..."



A Liturgia de hoje nos lembra

que a Quaresma não é um tempo para atirar pedras,

mas para construir a fraternidade.

O problema do mal e do pecado não se resolve

com o castigo e a intolerância, mas pelo amor e a misericórdia.


Na 1ª Leitura, Isaías anuncia a libertação do exílio e o retorno a Israel

como um novo Êxodo para a Terra Prometida. (Is 43,16-21)



* Esse "caminho" é imagem de outra libertação,

que Deus nos convida a fazer na Quaresma e

que também nos levará à Terra Prometida, onde corre a vida nova.

- Quais são as escravidões  que impedem, hoje, a liberdade e a vida?

- O que ainda nos mantém alienados, presos e escravos?



Na 2ª Leitura, Paulo afirma que a única coisa que lhe interessa

é conhecer Jesus Cristo. Tudo o resto é Lixo. (Fl 3,8-14)



* Qual é o lixo que me impede de nascer com Cristo para a vida nova?



No Evangelho temos uma comovente cena da vida de Jesus,

diante de uma Mulher PECADORA. (Jo 8,1-11)



No domingo passado, com a Parábola do Filho Pródigo,

Jesus nos mostrou o amor misericordioso de Deus.

Hoje, Ele dá o exemplo, passando das palavras aos fatos...



- Jesus ensinava no templo.

- Os escribas fiscalizavam o Mestre, buscando pretextos para acusá-lo.   

  Trouxeram uma mulher surpreendida em pecado de adultério e

  segundo a lei de Moisés tais pessoas deviam ser apedrejadas.

  Aproveitaram a situação, para deixar o Cristo numa situação embaraçosa:

"Mestre, que vamos fazer dessa mulher,

 perdoá-la ou apedrejá-la, como manda a nossa lei?"




- Para os escribas e fariseus, era uma oportunidade

  para testar a fidelidade de Jesus às exigências da Lei.

- Para Jesus, foi uma oportunidade para revelar

  a atitude de Deus frente ao pecado e ao pecador.



- Jesus não aceita uma lei que em nome de Deus gera a morte,

  por isso não respondeu e ficou rabiscando no chão.

  Diante da insistência dos acusadores, ele se levantou e os desafiou:

 "Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra..."



- E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Não sabemos o que.

  Segundo uma tradição, Jesus escrevia os pecados de cada um deles...

  E então aqueles "cumpridores" da lei, envergonhados,

  foram saindo um a um, começando pelos mais velhos...

  Só ficaram no pátio do templo a mulher, os discípulos e ele, Jesus...



- Então Jesus perguntou:          "Mulher, ninguém te condenou?

  Nem eu te condeno...  Vai e não peques mais..."



* A mulher não tinha manifestado nenhum sinal de arrependimento.

   Assim mesmo, Jesus a convida a seguir um caminho novo de liberdade e paz.

   Jesus não aprova o pecado, mas não condena a pecadora.

   Mostra que o importante é a conversão das pessoas, não sua condenação.

   E ainda hoje, no Sacramento da Reconciliação, Deus continua nos dizendo:   

   "Teus pecados estão perdoados. Vai em paz e não peques mais..."



No episódio, Jesus nos oferece:



+ Uma imagem de Deus,

   Um Deus que é mais misericórdia, do que justiça.

   Não quer a morte do pecador, mas a sua plena libertação.

   A força de Deus não está no castigo, mas no Amor.



+ Um "NÃO" à Hipocrisia fiscalizadora dos escribas, de ontem e de hoje...

   Ainda hoje a intransigência fala mais forte do que o amor.  

   Mata-se, oprime-se, escraviza-se em nome de Deus.

   Todos somos pecadores e não temos o direito de condenar,

   de nos tornar fiscais dos outros...



- Quando os acusadores ouviram as palavras de Jesus,

   largaram as pedras e foram embora.

   Nós, pelo contrário, ouvimos a Palavra do Evangelho,

   mas não soltamos as pedras, nem recolhemos a nossa língua.



+ Um Apelo:

   Não devemos discriminar e condenar a gente caída à beira do caminho.

   Eles não precisam de juizes... mas de salvadores...



* Qual é a nossa atitude, diante dessas pessoas?



     - A de Cristo? Ele teve "compaixão e compreensão..."

       Ele não aprovou o pecado... mas não condenou a pessoa....

"Eu também não te condeno... Vai e não peques mais...”

     - Ou a dos escribas? (com Pedras nas mãos... ou melhor na língua...)



* Em Nossas comunidades, há ainda hoje pessoas,

   que continuam atirando pedras?



- Quais seriam as pedras, que ainda hoje continuamos atirando,

     machucando... e às vezes até destruindo o bom nome delas?



- E o que Cristo poderia estar rabiscando hoje, de nós, no chão?

                       

à Poderíamos enfrentar o desafio de Cristo:

         "Quem não tiver pecado pode atirar a primeira pedra?"

Fonte: http://www.buscandonovasaguas.com/ 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por visitar o Nosso Blog e por deixar o seu comentário. Volte sempre!