Na foto: Pe. Carlos dando a bênção à todas as Mães presentes na Celebração de hoje - (Foto: Reinaldo Fonseca) |
Maternidade, um dom que vem do céu
Tantas vezes ouvi este ditado e,
hoje, quero manifestar a minha interpretação sobre ele. Será que isso é ruim? A
expressão padecer traz esta conotação negativa, pesada, mas, na verdade, não é
bem assim…
As mães vivem um certo desconforto desde
a gestação (enjoos, azia, inchaço). No parto com suas dores próprias,
depois nos primeiros dias a adaptação e interpretação do choro do bebê, o sono,
o cansaço. São situações reais que parecem eternas pela intensidade, mas, de
repente, passam… E alguns meses depois, o padecimento é outro: voltar ao
trabalho e deixar o filho, afinal ninguém vai saber cuidar do filho como a mãe.
Doce ilusão!
Mais adiante, a entrada na escola.
“Quem será o professor?”, “Será que vai acompanhar a aula?”, “O que vai comer
no lanche?”, “Quem serão os colegas?” “E se alguém bater no meu filho?” Nós
insistimos em viver a vida dos filhos e, com isso, “padecemos”, pois não temos
o mesmo entendimento das crianças. E quando chega a adolescência? Nossa! Aí
entra outra fase. Só mudam as preocupações, filho criado, trabalho dobrado…
Mas e
aquilo que plantamos na educação deles? Não valeu a pena? As mães de hoje
são, na sua maioria, frutos da geração de transição do feminismo e do sexo, drogas
e rock'n roll. Achar o equilíbrio não é fácil. Anterior a nós houve a geração
de pais que acreditavam que a liberdade era a melhor opção de educação para os
filhos vivendo o “é proibido proibir”.
Hoje já percebemos que os limites
são necessários na formação de qualquer ser humano. E por isso, às vezes, dar
um “não” ao filho chega a ser um padecimento, pois sabemos que ele(a) queria
muito tal coisa ou tal situação, mas percebemos que não é o melhor naquele
momento, e isso gera um certo desconforto no relacionamento entre mãe e
filho(a).
Aí mais do que padecer é
compadecer, é sofrer, pois apesar de estarmos conscientes da decisão tomada não
gostamos de ver nosso(a) filho(a) triste. E mais uma vez, apesar de toda
intensidade, veremos que isso também vai passar!
Assim como nós que, hoje, neste
papel de mãe, reconhecemos e aceitamos a postura que as nossas mães tiveram
conosco. E pensamos: “Elas estavam certas…” Olhando tudo isso parece que o
ditado está certo… ser mãe é padecer no paraíso. Agora é preciso dizer que tudo
isso vale a pena!
Veja bem: vale a pena e não valeu
ou está valendo… ser mãe vale por toda a vida? A
presença, a realização, as conquistas, as alegrias e as tristezas de um(a)
filho(a) não têm preço. Este é o nosso paraíso: a maternidade! As mães são
capazes de abrir mão e renunciar a várias coisas na vida, somente não conseguem
renunciar a maternidade. Esta é inegociável!
Parabéns a todas as mães, avós,
tias, madrinhas, sogras… que, de uma forma ou outra, são mães em nossas vidas!
Maria, Mãe de
Jesus e da Igreja, nos ensine e conduza na vivência da maternidade segundo
o coração de Deus!
De: Carla Astuti - Comunidade Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/temjeito
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